Reflection: Basta de ser Quentin
Era uma vez Quentin. Um menino que levava sua vidinha pacata
e rotineira, com poucos amigos, nenhuma festa, bem resolvido, mas que um dia
resolve mudar tudo por um amor platônico. Começa uma busca às cidades de papel
em um território gigante, atravessa o país atrás de uma pessoa, tenta encontrar
dicas, soluciona um enigma. Essa história é bem conhecida, esse é Quentin Jacobsen,
do livro Cidades de Papel. Mas, existem tantos Quentins pelo mundo que me
arrisco em dizer que até eu sou um deles. Basta de ser Quentin.
Num primeiro momento diria que essa aversão se deve ao dia a
dia rotineiro e que a vida deveria levar mais a sério o carpe diem. Só que não.
O fato é que não existe enigma algum, não há dicas, muito menos cidades de
papel e, consequentemente, nem motivos para atravessar um país em busca de uma
pessoa.
Não precisa ser Shakespeare pra saber que há mais mistérios
entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia. O recado é simples: não
caça chifre em cabeça de cavalo. Não dá pra saber tudo, não é o professor x
para ler pensamentos, não existe interpretação com p>5 para linguagem
corporal.
Logo, esquece essas ideias malucas e vai dormir que, com
certeza, ganha mais.
Comentários
Postar um comentário