Reflection: Desaprender alguém


O destino às vezes prega umas peças na gente e transforma um momento bom do presente em pretérito perfeito. E aí é preciso desaprender o alguém. Desaprender é uma fase avançada do esquecer, é lembrar que existiu, mas ter consciência de que já foi. 
Desaprender a boca, os olhos, a bochecha, o braço, o peito, a barriga, as pernas... Desaprender o beijo, o olhar, as covinhas, o abraço, o colo, a temperatura, o caminhar...
Desaprender é tarefa árdua. É prova de resistência. Uma briga entre razão e emoção. Hoje, desaprendo, e ainda hoje me pego choramingando, amanhã volto a aprender. 
Hoje, desaprendo. Amanhã, o perfume me faz paralisar em plena 20 de Agosto. Depois de amanhã, uma foto me faz entrar em transe por alguns minutos. Pode ser que depois, uma música, me faça viajar. E se tiver com azar, um lugar pode me fazer reviver a história.
Mas, “eu posso tentar te esquecer, mas você sempre será, a onda que me arrasta, que me leva pro teu mar”.

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