Reflection: Minha sina
Minha
sina é me envolver com homens inteligentes. Oh sina complicada! Você pode até
achar que eu tô reclamando de barriga cheia e que eles são os melhores. Mas, só
digo uma coisa, sabe de nada inocente!
Eu não
quero ter um conversa sobre a política brasileira levando em
consideração o histórico dos partidos políticos, nem quero saber a diferença de
bromazepam e bromexina (não por enquanto), não tô interessada em piadas de
nerd, muito menos na realização de uma cirurgia para remediar a encefalocele transesfenoidal, não quero saber se
você sabe 20 poemas do Vínicius de Morais de cor, ou escutar seus argumentos
sobre o quanto sertanejo universitário não agrega.
Não me entenda mal, não sou burra, assim como você utilizo cada
parte do meu cérebro com uma potência menor (te peguei se você acha que todos
nós utilizamos somente 10% dele). Sei ter um diálogo crítico com meus amigos
doutorandos em geografia sobre a questão agrária no Brasil. Sei fazer uma
crítica bem fundamentada historicamente ao Sistema Único de Saúde. Sei falar de
literatura nacional. Sei falar do frêmito toracovocal, entre outros. E sim, eu
entendo suas piadas sem graça.
O que eu quero de verdade é assistir minha novela em paz, ler meus
livros bobinhos de romance adolescente, escutar a música que eu bem entender.
Porque a vida já me cobra ser inteligente e crítica, então deixo essa parte na
porta de casa, quando saio, pego meu casaco, meu guarda-chuva e meu intelecto e
encaro o mundo.
Mas também, não me venha escrever “axo”, “auto” ou “concerteza”,
porque eu não sou obrigada. Vlw. Flw.
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